Turistas
"Quando percebi que era uma parede de um cemitério em Portimão fiquei um pouco melindrado, porque na minha ideia, existe uma certa sensibilidade quando abordamos assuntos mais frágeis, tais como a morte e o que daí pode surgir em termos de desconforto e julgamento visual.
Decidi usar a minha personagem do Turista para, de certa forma tornar a contemplação mais transversal, ou seja, continuo a contar a história do meu turista que me define e o meu trabalho.
Crio uma ponte entre a personagem e o local, aceitando como ideia que, aquele local serve como um ponto de partida para outra viagem e que as nossas formas etérea,s assumem a forma destes meus peixes mão para continuar o resto da viagem como turistas que somos, errantes e nómadas neste mundo e no outro."
Gonçalo MAR
Fotografia: A. Pedro Correia, Daniel Bastos e Sofia Fortunato