Exposição ROOTS – CAAA, Guimarães
Inauguração: 10 de maio, 2025 às 15h
Patente: até 31 de maio
Horário: segunda a sexta-feira, das 14h30 às 18h30, sábado das 15h às 19h
Local: CAAA Centro para os Assuntos de Arte e Arquitectura, Guimarães
Preço: Entrada Livre
Sinopse
A Exposição ROOTS – Raíses e Pós-memória será exposta no CAAA Centro para os Assuntos de Arte e Arquitectura, em Guimarães, no dia 10 de maio às 15h. Esta inauguração será marcada pela conversa com A. Pedro Correia (Curador da Residência Artística ROOTS e Artista em Residência Anual no LAC), Gibson Ferreira (Artista CAAA), José Miguel Gervásio (Artista participante na edição ROOTS 2024), Ricardo Cruzes (Artista em Residência Anual no LAC), e Sara Borges (Coordenadora do Serviço Educativo do LAC e Artista em Residência Anual no LAC) que irá também realizar uma visita mediada durante a inauguração.
Durante o período da exposição, será realizado um workshop com Hannah Bastos, uma visita-oficina orientada por aondamarela, e uma sessão de escuta, com Luca Argel. A exposição poderá ser visitada até 31 de maio, de segunda a sexta-feira, das 14h30 às 18h30 e sábado das 15h às 19h.
Programação
Inauguração da Exposição com Visita Mediada
+ Conversa com Artistas LAC & ROOTS
10 de maio às 15h00 / Entrada livre
Laboratório de pensamento afrodiaspórico Mulheres do Atlântico: diálogos X entre Beatriz Nascimento e Djaimilia Pereira de Almeida. Orientado por Hannah Bastos
17 de maio às 15h00 / Participação gratuita / Inscrições: geral@centroaaa.org
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O Mulheres do Atlântico, clube de leitura e debates voltado à literatura africana e afrodiaspórica produzida por mulheres, imagina um encontro entre duas escritoras negras diaspóricas: Beatriz Nascimento (Brasil) e Djaimilia Pereira de Almeida (Portugal). O espaço da conversa-ação será Ôrí, palavra yorubá para “cabeça” ou “consciência”, que, no espelho atlântico, torna-se “Consciência Negra”.
A proposta deste workshop transdisciplinar parte de textos de ambas as escritoras e de trechos do filme Ôrí, dirigido por Raquel Gerber e concebido com base nos escritos da historiadora Beatriz Nascimento, que também atua como narradora do filme. A intenção é articular a produção teórica e artística dessas autoras com a reflexão sobre a construção da consciência afrodiaspórica, em diálogo com a pergunta: a sujeita em trânsito tem raízes?
Dessa forma, desejamos abrir espaço para escuta, troca e construção conjunta de pensamento, onde as fronteiras entre teoria, arte e experiência possam se diluir. Para o workshop, serão disponibilizados previamente, de forma digital, os textos-base para a conversa, além de um guia de leitura com perguntas-chave que servirão como orientação para a criação de caminhos entre os textos e o filme.
Hannah Bastos
Hannah Bastos é natural da Paraíba, Nordeste do Brasil, e vive na cidade de Guimarães, Portugal. É mestranda em Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade do Minho. Criadora e moderadora do Mulheres do Atlântico, clube de leitura dedicado às literaturas africanas e afrodiaspóricas produzidas por mulheres, e livreira independente na Lojinha Mulheres do Atlântico. Produtora cultural no Minha Poetry Slam, campeonato de poesia falada, e também do evento Mulheres do Atlântico — Nossa Literatura. É autora do livro Sereias-Anjos Nadam ou Voam? (Urutau, 2024) e tem contos e poemas publicados em antologias e revistas literárias no Brasil, Cabo Verde e Portugal.
Visita-oficina “Vem cá” orientado pela ondamarela
25 de maio às 11h00 / Participação gratuita / Inscrições: geral@centroaaa.org
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A visita-oficina “Vem Cá” é o encontro informal e lúdico com uma exposição. Uma experiência interativa que pressupõe que todos temos sempre uma nova camada a acrescentar.
Esta sessão explorará a exposição ROOTS, refletindo sobre o colonialismo e escravatura aos olhos de hoje. ROOTS evoca as raízes que estabelecemos com o sítio de onde vimos, mas também as novas raízes criadas com o sítio para onde vamos. Todos são bem-vindos!
A ondamarela é uma estrutura artística que encontra nas pessoas e nos lugares a inspiração para o desenvolvimento dos seus projetos. Acreditamos que provocar a experiência de criar um objecto artístico totalmente novo e original com a participação efectiva das pessoas, das suas histórias, das suas angústias, das suas vontades, na relação com os seus lugares, gera transformações importantes no caminho de uma democracia cada vez mais forte.
Sediados em Guimarães, em atividade desde 2015, centrámos sempre a nossa ação em práticas participativas e criação artística comunitária, em diversos âmbitos: performances de comunidade (espetáculos de música, de teatro, dança, vídeo-arte), programação/curadoria cultural, oficinas educativas, jogos, conversas, objetos de mediação e formação.
Temos trabalhado com uma grande diversidade de organizações em Portugal e no estrangeiro – municípios, museus, teatros e redes de teatros, centros culturais, capitais europeias da cultura, fundações, escolas, direcções regionais, agências de desenvolvimento, festivais e empresas. A ondamarela foi galardoada com o Prémio Acesso Cultura 2019 – Acesso Social e Intelectual.
Entusiasma-nos o encontro, a escuta, o confronto, o compromisso, na partilha e na criação de novas comunidades: a comunidade como “sentimento de nós”.
Sessão de escuta orientada por Luca Argel
25 de maio às 15h00 / Participação gratuita / Inscrições: geral@centroaaa.org
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O samba como resistência. O som como procura, encontro, reflexão. O ritmo como veículo de comunicação de ideias, de sentimentos de palavras. Esta será uma sessão de escuta, um momento de conversa com Luca Argel em torno do seu álbum “Samba de Guerrilha”, que recupera sambas de resistência que foram abafados pela censura da ditadura militar do Brasil.
Sobre o Álbum “Samba de Guerrilha”: https://lucaargel.com/release/samba-de-guerrilha/
Luca Argel é um cantautor e escritor carioca, em trânsito por Portugal há mais de 10 anos, onde também criou raízes. Seus projetos artísticos conciliam pesquisa histórica, ativismo político e experiências musicais que desconhecem fronteiras. No Brasil, licenciou-se em música e foi professor em escolas públicas e ONGs. Em Portugal, enquanto cursava o mestrado em Literatura, iniciou a carreira profissional nos palcos, cantando com os grupos Samba Sem Fronteiras e Orquestra Bamba Social, com quem ainda cultiva e dissemina um grande amor pelo samba, gênero fundamental em seu percurso.
Concilia a atividade musical com a literária, que já lhe rendeu a publicação de livros de poesia no Brasil, Espanha e Portugal, tendo sido um deles semifinalista do Prêmio Oceanos em 2017. Também escreve música para espetáculos de dança, cinema, e produziu programas de rádio e podcasts dedicados à música brasileira.
Tem 6 álbuns lançados, com os quais já circulou em turnês por Portugal, Espanha, França e Macau, passando por palcos como o Rock in Rio Lisboa; Théâtre du Châtelet; Festival de Músicas do Mundo de Sines; e o Festival da Canção RTP, onde levou até à semifinal uma composição sobre a xenofobia e o preconceito contra imigrantes que tanto tem crescido em todo o mundo.