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Inauguração: 10 de Junho às 18:00
Patente até 28 de Julho 2023
Horário: das 10:00 às 18:00, de segunda a sexta-feira
Local: LAC – Laboratório de Actividades Criativas
Entrada livre

Sinopse

Um projeto colaborativo com curadoria de Ricardo Cruzes.

Ana Sousa e Rui Borda são fotógrafos. Ricardo Cruzes é um artista multi-disciplinar que gosta de juntar pessoas de quem gosta.

A Ana fazendo essencialmente fotografia analógica, explora exaustivamente a técnica, mas tem a sensibilidade experimental de congelar e aproveitar o acaso, perpetuando-o em fotografias com ventos e movimentos que nos fazem parar, na expetativa de entender o objeto, as profundidades, as camadas, a mensagem. No trabalho da Ana conhecemos a Ana, é direto como ela, é misterioso como ela.

Rui Borda faz fotografia digital, passeando por urbanismos e lugares que lhe trazem pessoas, a quem rouba pedacinhos de vida. Com a sua mochila carregada de máquinas, lentes, mecanismos improvisados que misturam a mais moderna tecnologia com velhas lentes de leste. O Rui faz tantos cliques por dia, como quem tem medo que amanhã o sol não nasça. É viciado em fotografar, e isso nota-se no seu trabalho, percebe-se no seu perfil. No trabalho do Rui conhecemos o outro, aqueles com quem se cruza. É sobre ele mas não parece.

Através de conversas cruzadas e amizades em comum foi fechado o trio para conceber um projeto que Ricardo Cruzes se propôs a organizar. Numa curadoria democrática surgiu a Teoria do Caos como tema, mas essencialmente como método. Grande parte dos fotógrafos são primeiro técnicos e só depois artistas. Primeiro fotografam para os colegas, contando-lhes do rolo, da máquina, da exposição… quem não fôr fotógrafo que apanhe os restos. Será injusta esta descrição? Eventualmente sim. No projeto destes três não se contam segundos, contam-se sensibilidades.

Em “Teoria do caos a seis mãos” não existe cada um dos artistas, é mais do que isso, é novo, é imprevisível, é entusiasmante pela incerteza. Uma sessão bastou para angariar o material que vai constituir a exposição. Uma sessão em que foi Ricardo Cruzes a induzir o caos, a produzir o tal bater de asas popular que as lendas dizem poder ter consequências catastróficas. Vamos ver. Será desafiante, e imprevisível até ao dia da inauguração, durante a exposição, e o fluxo caótico provavelmente será uma sombra para a vida, e essa falta de conforto é reconfortante.