Exposição “Vem Para a Rua Gritar”, do Arquivo Ephemera
Inauguração: 24 de Abril às 18h
Patente: até 31 de Mario, 2024
Horário: segunda-feira a sábado, das 10h às 13h e das 14h às 18h
Local: LAC – Laboratório de Actividades Criativas
Entrada livre
Sinopse
VEM PARA A RUA GRITAR
Vídeos e graffitis recolhidos pelo Arquivo Ephemera
O 25 de Abril de 1974 foi uma explosão de liberdade que se incorporou na nossa vida, até hoje, como o ar que respiramos. A força da liberdade é essa. Podemos não a sentir todos os dias, mas se a perdermos sentimos muito bem.
Os materiais que o Arquivo Ephemera recolhe, preserva e divulga, passando em especial por todo o século XX e até aos dias de hoje, literalmente hoje, são testemunhos do tempo sem liberdade mas também da Revolução e, depois, da consolidação da democracia e do seu exercício pleno.
Porque a liberdade e a democracia prevaleceram e existem para além do momento fundador, o da Revolução, e no Arquivo Ephemera registamos os seus permanentes exercício e evolução, guardamos desde há largas décadas materiais muito diversos de expressão política. Temos, então, o registo da acção política e social, nos mais diversos meios e suportes, mostrando a imaginação, espontaneidade, convicções e vontade de cada um, em muitos casos, gente muito nova, a defender as suas causas, dentro e fora do espectro partidário.
O que aqui se mostra é parte da recolha diária que o Arquivo, através dos seus voluntários e amigos, faz pelo país fora, mas também pelo estrangeiro, com mensagens de diversa natureza, umas mais institucionais e orgânicas do que outras, abrangendo partidos políticos, sindicatos, causas passadas e actuais, locais e nacionais ou mundiais como é o caso do clima.
Temos vídeos das manifestações que cobrimos e onde recolhemos, para memória futura, palavras de ordem, mas também imagens das faixas, cartazes, t-shirts e de todos os suportes físicos onde as mensagens políticas estão inscritas.
E, porque as paredes falam, recolhemos milhares de fotografias de graffitis, pinturas de rua, autocolantes colados nas paredes, em candeeiros ou sinais de trânsito e semáforos, também aqui num registo da liberdade e democracia em exercício.
Um voluntário do Ephemera nunca anda apenas a passear, nunca anda na rua sem estar atento às paredes. É mais um sentido que se desenvolve, o do olhar comprometido com a memória, com a importância de registar o que se passa à nossa volta, de preservar e de partilhar, como aqui se faz.
José Pacheco Pereira
Arquivo Ephemera