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Residência artística de 6 a 20 de Novembro no LAC

10 de Novembro às 18h00 Debate, na Galeria LAR: «Das Caravelas às Estufas: percursos da condição de escravo no Algarve entre os séculos XV e XXI» | Apresentações: Prof. Arlindo Caldeira – “Ser escravo no Algarve nos séculos XV a XIX”; Edileny Tomé da Mata – “Da escravidão à cidadania negroafricana: o caso da Andaluzia”; Sofia Justino (APF) – “Intervenção da APF Algarve junto da População Imigrante – sexualidade reprodutiva e tráfico de seres humanos”

11 de Novembro às 10h30 Visita comentada ao Núcleo Museológico Rota da Escravatura e ao núcleo urbano medieval-moderno com Elena Morán e Rui Parreira; às 18h30 Actuação do músico M-PeX e do bailarino El Conguito, na Galeria Lar

Inauguração da exposição a 18 de Novembro, às 18h00 no Armazém Regimental de Lagos e Galeria LAR + Actuação do músico M-PeX e do bailarino El Conguito, na Galeria LAR às 19h30

Exposição de 18 de Novembro a 27 de Janeiro 2018 na Galeria LAR e Armazém Regimental de Lagos, de 5ª a sábado das 15h às 20h

Curadoria: LAC
Produção: LAC
Consultores: Elena Moran e Rui Parreira

Artistas Convidados: El Conguito (França), Kwame Sousa (S. Tomé e Principe), Mikko Angesleva (Finladia), Valdemar Doria (S. Tomé), M-PeX (Portugal)

 

Biografias

El Conguito nascido no Congo e foi criado em França, começou com aulas de Salsa e aos 21 anos descobriu o Flamengo. Teve as suas primeiras aulas em «La Peña los Flamencos» em Lille, França, e depois com Maria Pérez no Centro Solea em Marselha. Participou ainda em workshops com artistas de renome como, La Lupi, Pilar Ortega, Patricia Guerrero, El Choro. Em 2015 ganhou o concurso de Flamengo de Valence (França) um dueto com Justine Chabot e o segundo prémio na competição Baile por Buleria em Nîmes (França). A sua dança combina fogo, energia, mas também sensibilidade e generosidade. Todos os que o viram dançar concordam quem ele tem um senso de compasso inato, uma presença cénica e graciosidade que não deixa ninguém indiferente.

Kwame Sousa nasceu na roça Agostinho Neto em São Tomé e Príncipe em Abril de 1980. Descobriu o gosto pela arte, no final do ensino pré-universitário, sob a influência de colegas, e começou a desenhar como autodidata. Em 2001 foi um dos vencedores do projecto experimentação 01, que marcou a sua apresentação ao público na galeria Teia de Arte. Em 2002 frequentou na mesma galeria, vários workshops com artistas de diversas parte do mundo, que lhe permitiram a ligação e troca de experiências com diferentes linguagens artísticas. No mesmo ano integrou, juntamente com o artista João Carlos Silva e outros, o grande projecto da II Bienal de Arte de São Tomé e Príncipe. Ainda em 2002 expôs no Instituto Politécnico do Porto (Portugal), tendo-se seguido várias exposições individuais e colectivas em São Tomé e em vários outros países. Começou em 2004 o seu percurso académico em Portugal, tendo passado pela EPAOE – Escola de Artes e Ofícios do Espectáculo (CHAPITO) e em seguida pela AR.CO – Escola de Arte Independente, onde estudou pintura e desenho. Recentemente, em 2014, participou na Bienal de Arquitectura de Veneza e no Festival de Cinema de Lisboa, com o vídeo MiongaHouse – um projecto em con-junto com o artista plástico Rene Tavares. Neste momento colabora com o projecto CACAU – Casa das Artes Criação Ambiente e Utopia em São Tomé e Príncipe, com a galeria ZERO POINT ART (galeria e espaço de arte contemporânea) em Mindelo, Cabo Verde, com a fundação ROÇA MUNDO, em São Tomé e com o portal BUALA – portal de cultura contemporânea. Com exposições realizadas em diversas galerias espalhadas pelo mundo e participação em várias edições da Bienal de São Tome e Príncipe, Kwame Sousa pertence a terceira geração de artista do seu pais e atualmente considerado um dos artistas plásticos contemporâneo mais influentes de São Tome e Príncipe.

Mikko Ängeslevä, nascido a 1982 na Finlândia, trabalha com várias técnicas na área da creatividade. Pintor e escultor, trabalhou também durante vários anos com performance. Nos últimos anos o seu trabalho baseia-se na reciclagem de materiais, combinada com diversas técnicas, onde tanto resultados figurativos e não figurativos são apresentados. Os trabalhos procuram revelar a questão complexa da vida por trás do véu de cores e formas. Ängeslevä concluí em 2001 os estudos secundários em em arte, em Tammerkosken lukio. Estudou costura durante 2003 – 2006. Foi uma malabarista de fogo no grupo Flamma de 2004 a 2008. Torornou-se instrutor de yoga em 2011 depois de ter praticar durante 10 anos. Em 2012 continuou os estudos em belas artes e formou-se em 2016 na escola de arte Kankaanpää como escultor e pintor. Para além da Finlândia tem exposto e realizado também outras actividades artísticas na Suécia, França, Estónia, Latvia, Ghana e Índia. Atualmente vive e trabalha em Kokemäki, na Finlândia, na antiga escola da aldeia.

Valdemar Doria, nasceu em São Tomé e Príncipe no ano de 1974. Em 1981 passa a viver em Portugal. Em 1998 finaliza o Curso de Pré-Impressão, pela Escola Profissional Val do Rio em Oeiras, Portugal. Em 2001 /2003 frequenta o Curso de Design Gráfico, na Universidade Lusófona. Conta com mais de 20 anos ilustrados com cerca de 30 exposições colectivas
e 15 individuais. No seu trabalho pretende valorizar a herança africana. Os rostos, representados com insistência, na tentativa de identificar ou exprimir o sentimento compulsivo do seu comportamento na busca sistemática da sua identidade não resolvida por um urbanismo vivido com diversos factores de afirmação social. Que factores são esses? A condição incondicional de ser negro numa metrópole europeia, a injustiça social e a falta de oportunidade de lutar em condições de igualdade de direitos. Os rostos expressivos representados nos seus desenhos questionam e manifestam o quotidiano duma vida da urbanidade europeia em simbiose com as memória de um passado do seu território de origem.

M-PeX é um músico, compositor e produtor que tem na guitarra portuguesa o traço distintivo da sua identidade musical, posicionando-a enquanto instrumento solista em estéticas sonoras diversificadas, incluindo ambientes electrónicos igualmente da sua autoria. O experimentalismo e a improvisação extensível, com recurso a pedaleiras de efeitos e de loops, fazem igualmente parte da sua expressão artística. As suas criações ensaiam modernizar e globalizar a guitarra portuguesa, culminando numa inovadora confluência musical.