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ROOTS 2025 > Artista Convidado > Amadeo Carvalho (Cabo Verde)

Amadeo Carvalho (n. 1985, São Vicente, Cabo Verde) é um artista visual contemporâneo que trabalha entre a pintura, a poesia e a fotografia. Atualmente a viver em Londres, Carvalho tem vindo a desenvolver de forma consistente uma prática internacional que tem colocado o seu trabalho em diálogo com públicos e contextos diversos. Carvalho produz composições ricamente sobrepostas e tácteis. Frequentemente ancoradas nas suas próprias fotografias, estas obras desdobram-se como cartografias sensoriais e narrativas, onde a convergência entre palavra e imagem amplia o encontro estético e convida à reflexão e à conexão.

É licenciado em Design pelo IADE – Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, em Lisboa. Nos últimos anos, tem reforçado a sua presença em mostras internacionais: em 2024 apresentou Estudo de Cores — Atlântico Negro no Instituto Internacional da Língua Portuguesa, na Praia, e integrou a X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe, incluindo uma exposição conjunta com Yuran Henrique no espaço CACAU. Em 2025, expôs individualmente Cartografia Humana no Tech Park (Praia) e, em colaboração com Cida Lima, a exposição Atlântico Negro na Residência da Embaixada do Brasil (Praia).

No mesmo ano, integrou várias exposições coletivas de relevo, como Cartografias Transatlânticas (Loulé), Beyond Boundaries — A Collective Odyssey (Centro Cultural de Cabo Verde, Lisboa), Afro Renaissance— Entre o Legado e as Transformações promovida pela Afrikanizm Art (Seixal), e Laboratório do Atlântico — Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe na UCCLA (Lisboa). Enraizada na sua herança cabo-verdiana, a prática de Carvalho explora questões de memória, identidade negra, parentesco e o papel central das mulheres negras na formação das estruturas sociais e afetivas.

Trabalhando com uma vasta gama de meios — incluindo carvão, serigrafia, acrílico, pigmentos vulcânicos, papel artesanal, transfers e elementos gráficos desenhados à mão — As suas obras integram coleções institucionais de relevo, como as do Ministério das Finanças de Cabo Verde, do Município de Loulé, do Museu CACAU em São Tomé e da Associação Mundu Nobu, bem como diversas coleções privadas. Em 2025, foi ainda co-missionado para criar uma obra para a ópera de Dino d’Santiago, apresentada no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Em 2024, o seu percurso foi reconhecido pela Powerlist100 da Bantumen, que destaca personalidades negras de impacto nos países lusófonos.

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Financiamento: República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto, Direção-Geral das Artes e Município de Lagos
Apoios: Museu de Lagos, Município de Caldas da Rainha / Centro de Artes, CAAA – Centro para os Assuntos de Arte e Arquitectura (Guimarães), Messe Militar de Lagos, Teatro Experimental de Lagos